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Lucio Agra: O Livro e o Mar Infindáveis

Texto: Alberto Saraiva

Lucio Agra, nascido em Recife, PE (1960), cresceu em Petrópolis (RJ). Viveu no Rio de Janeiro por 15 anos e há 17 mora em São Paulo. Graduou-se em Letras na UFRJ e concluiu seu Mestrado e Doutorado em Comunicação e Semiótica na PUC-SP, onde até hoje trabalha, como Professor Adjunto do Departamento de Linguagens do Corpo. Colaborou com Renato Cohen (1956-2003) desde 1997, tanto artisticamente quanto como membro da equipe de professores de performance da Graduação em Comunicação das Artes do Corpo, onde lidera, juntamente com Naira Ciotti, o Grupo de Estudos da Performance. Como artista, desenvolveu pesquisa em torno dos trabalhos de Kurt Schwitters(1887-1948), apresentando sua "Ursonate" em 2000, 01, 02, 03, 07, e 10, sendo a última apresentação na 29ª Bienal Internacional de São Paulo. Desenvolveu, entre 2007/2008, um "mix" de performance, sound poetry e improviso musical livre com os grupos (demo)lição  (Paris, Montevidéu e São Paulo) e Orquestra Descarrego. Apresentou performances e palestras em diversos festivais nacionais e internacionais, tais como E-Poetry (Buffalo, 2001; Paris, 2007 e Buffalo, 2011), RIAP (Québec, 2010), Instituto Hemisférico (Bogotá, 2009), Encontro de Poesia Experimental (Montevidéu, 2009),
10 Dimensões (Natal, 2010), Vazio (Manaus, 2010) e Performance, corpo, política, tecnologia (Brasília, 2010).
Em 2009 foi um dos indicados para o Prêmio Sérgio Motta na categoria obra em meio de carreira. Autor de "Selva Bamba" (poemas, 1994), História da Arte do séc. XX - Idéias e Movimentos (ensaio,  2006) e Monstrutivismo - reta e curva das vanguardas (Perspectiva, 2010). Possui diversos ensaios publicados em revistas nacionais e internacionais, além de poemas e textos poéticos em sites no Brasil e no exterior. Prepara novo livro sobre a performance no contemporâneo.

Em 2011 participou do Projeto Integração São Paulo/Québec no Sesc Vila Mariana e do E-Poetry 2011 em Buffalo, USA, com o group uSurp, formado por artistas de várias partes do mundo. Como curador, realizou o primeiro evento da série Performa Paço com o tema Ações Extremas, em junho de 2011. Ainda em 2011, apresentou a performance Strip-Tease no Transperformance, projeto de performances do Oi Futuro. Nesta ação, em que caminha do Oi Futuro Ipanema até o mar, o artista alude à questão do desnudar-se, tão comum à performance, ao mesmo tempo que traduz, na caminhada que realiza, uma trajetória de vida. Ao começar a performance, está vestido com várias "roupas" e máscaras que cobrem por completo o seu corpo. À medida que caminha, vai se despindo das roupas e deixando, pelo percurso, pequenos bonecos de corda que também se movimentam. Ao final, só com uma sunga, óculos de mergulhador
e pés de pato, toma um banho de balde (um banho de água fria), encerrando a performance.

Em 2012, participa do projeto poesia visual, no Oi Futuro Ipanema, com a exposição O LIVRO E O MAR INFINDÁVEIS, uma homenagem ao cineasta Mário Peixoto (1908–1992), diretor de Limite, obra prima da cinematografia mundial, e considerado o “mestre da filmagem do mar”.

Na inauguração da exposição, Lucio Agra se apresenta com a performance Revestir-se, contraponto do despir-se de Strip-tease. Nesta ação, o artista sai do mar, veste-se de português e caminha em direção ao centro cultural declamando o poema exposto na vitrine, misturado com outros fragmentos de poemas de Camões e Keruac.

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Créditos da exposição

Curadoria: Alberto Saraiva
Coordenação geral: Nelson Ricardo Martins
Produção executiva: Lisiane Mutti

Produção: Dani Vieira
Designer: Lu Martins
Montagem : Ricardo Azevedo
Assistência de produção: Monique Anny
Iluminação: Carlos Lafert

Música: Satie, Ravel: Gymnopédie nº 1

Edição e Efeitos Visuais: Estúdio Tiê
 

Apoio cultural

Realização

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