Antonio Cicero é poeta e filósofo, autor dos livros de poesia “Guardar”e “A Cidade e os livros”, e  dos ensaios filosóficos “O Mundo desde o fim” e “Finalidades sem fim”. Sua poesia tornou-se popular através da MPB em composições feitas para estrelas como Maria Bethânia, Marina Lima, Adriana Calcanhoto e Caetano Veloso. Talvez seja importante citar aqui que a música brasileira tem tal refinamento poético que é praticamente impossível separá-la da poesia mesma. Eu acredito que seja um fato autêntico que a MPB no mínimo já foi o grande eixo de produção poética no Brasil. E assim como a música, também a poesia visual fez e faz vibrar novos parâmetros para a poesia realizada hoje. O Brasil é um caso único no mundo em poesia visual. A produção atual foi em parte gerada a partir da Poesia Concreta e do Poema Processo, mas para além desses vetores a produção poética intensificou-se através de transversalidades.
A poesia que Antonio Cicero apresenta aqui, no projeto Poesia Visual, nos devolve a Grécia como origem, o que para nós brasileiros faz sentido absoluto por nossas fontes culturais.
O poema visual Minos toma todo o espaço físico do Oi Futuro transformando o prédio em um grande labirinto de palavras, onde a presença do Minotauro é compartilhada pelo visitante.